Penso eu se nasci pra poesia
escrevo com a mão torta sem notar caligrafia.
Faço curvas com o corpo enquanto fujo
na tangente de tantas palavras..
Me curvo quando me canso e cruzo os pés quando indeciso.
Cismo.
Seguro o lápis firme com cinco dedos. resisto.
Tento e atento em cada detalhe por trás do
lado escuro de cada verso.
Penetro lentamente no instante já sem perceber
as quinas afiadas de tais palavras tão sozinhas
e me espremo pra me caber inteiro em cada entrelinha
no meio de tanta euforia, paro, penso.
Penso se nasci pra poesia.
uma lágrima escorre da palavra amor
e já não tenho tempo pra pensar na dor
...
(escrever deveria dar certezas?)
impermanência
Há 5 anos
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